segunda-feira, 25 de abril de 2011

E Viva a Natureza!

A Araupel, em parceria com a Universidade tecnológica Federal do Paraná - UTFPR - será plataforma para um estudo promovido pelo curso de Engenharia Florestal para os próximos meses. O projeto de pesquisa "Monitoramento e Inventário das Florestas Nativas", sob supervisão do prof. Dr. Maurício R. Gorenstein, tem por objetivo verificar a dinâmica da vegetação local, o que inclui fornecimento de dados sobre a abundância e raridades de espécies, ressaltando as áreas de alto valor de conservação, comprovadas pela distribuição diamétrica, altura do povoamento, população em regeneração e índices de diversidade, entre outros itens. O relatório é uma das exigências do Imaflora, o órgão certificador do FSC no Brasil, onde constará um levantamento florístico de uma parte da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que também é qualitativo, obtendo uma lista de espécies e a situação na qual se encontram.


Professor Maurício Romero Gorenstein, da UTFPR.



O estudo também tem por finalidade promover aulas práticas para os alunos, bolsistas e estagiários do curso de Engenharia Florestal. Segundo Gorenstein, é importante para os alunos visualizarem as diversas espécies nativas e as diferentes formas de vida que caracterizam uma área como "de alto valor de conservação". "Espécies vegetais que vivem à sombra são um indicativo de que existe uma cobertura mais razoável, uma vez que estas são as condiçoes que favorecem seu desenvolvimento. Isso delimita uma área de estágio avançado de sucessão, mais ou menos uma altura de dossel de 30 metros, o que é característico da região de Quedas do Iguaçu", comenta Gorenstein.

Gorenstein e seus alunos mapeam a área a ser pesquisada junto com funcionários da Araupel.

Grupo de alunos da UTFPR na RPPN.



A idéia principal do estudo é verificar, através de monitoramento, como está se desenvolvendo a floresta nativa da região. "Podemos observar, na parcela selecionada, que a área basal está aumentando, indicando que a mata está madura e sombreada, com número reduzido de cipós e uma boa quantidade de samabaias", explica o professor.



Presença de plantas que crescem à sombra indicam o valor de conservação ambiental.

Um exemplar de Pau-marfim cresce na área de conservação.

Funcionário da Araupel ao lado de um Cedro Rosa com aproximadamente setenta anos de vida.

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