O curso de Engenharia Florestal da Universidade Tecnológica Federal do Paraná(UFTPR), Campus Dois Vizinhos, mais uma vez leva seus alunos e bolsistas para as áreas florestais da Araupel, agora para atender ao projeto Avaliação dos Impactos da Colheita Florestal na Qualidade do Solo, projeto desenvolvido em parceria com a empresa e a Universidade. Segundo o engenheiro florestal, professor Dr. Eleandro Brun, a colheita florestal tem evoluído tecnologicamente com o passar dos anos, melhorias que vem ancoradas em maquinários que consequentemente tem maior impacto na compactação do solo. No entanto, sabe-se que "a colheita se verifica uma vez a cada 21 anos, o que é tempo considerado suficiente para o solo se recompor, se forem atendidas as regras de bom manejo florestal". explica Brun. O professor ainda esclarece que qualquer atividade humana afeta a natureza, e que cabe aos engenheiros florestais quantificarem e manejarem esse impacto. "O que estudamos é a magnitude, é em que velocidade e de que forma os impactos gerados se transformam e quais as medidas necessárias para que o solo volte à sua qualidade original antes da colheita", esclarece o professor.
Com essas observações, os pesquisadores tem condições de melhor orientar as medidas de manejo, principalmente àquelas relacionadas à colheita florestal e ao preparo de solo.
Alunos fotografam pé de eucalipto.
Segundo Brun, é necessário separar a idéia coletiva de que desmatamento e colheita serem o mesmo procedimento. "O desmatamento geralmente está associado ao comércio ilegal de florestas nativas e não é isso o que ocorre em empresas de reflorestamento. A colheita é um processo de produção florestal tecnicamente embasado, o que diminui o impacto e gera importantes produtos para o progresso social", conclui o pesquisador.
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